sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Espaços livres e democráticos.


Surge a necessidade de respirar, de ter um espaço para, tranqüilamente, analisar as questões que nos assolam, de forma direta e sem os efeitos perniciosos da politicagem barata.

Espaço que servirá para receber as pessoas e, pois, ouvi-las, principalmente porque elas podem estar portando soluções necessárias à erradicação dos inúmeros problemas que nos atormentam.

Terá de ser um espaço isento de censuras de quaisquer naturezas, próprio aos que nada temem ouvir sobre qualquer coisa, até de si mesmos, daqueles defeitos que o "não olhar para o próprio rabo" não permite corrigir.

Imagino um canto abarrotado de livros e papéis soltos, todos contendo fórmulas e reclames diversos.

Rascunhos sobre a LRM, os acampamentos da Dona Ivone Luzardo em Brasília, o escapismo contumaz do Ministro da Defesa diante do pedido de reajustes, enfim, tudo o que for pensado, proposto e discutido.

Tem de ser uma célula de tal forma liberal, que o eventual aparecimento dos combatentes das pensões das filhas não nos surpreendam em absoluto.

Temos, nós do Ativaer, a certeza de que, apesar da simplicidade, esse cantinho crescerá geometricamente, dado o eficaz fermento que o compõe, representado por opiniões (inúmeras), que, por aqui, jamais serão censuradas, diga-se de passagem.

Participem.....

Não há censura!

5 comentários:

Petrocchi disse...

O SER MILITAR.

Os militares são seres especiais. Não vai, nessa afirmação, qualquer tentativa de querer ser melhor ou pior dos que os outros da sua espécie. Acontece que, para ser militar, o indivíduo tem que ser, no mínimo, diferente.
Começamos na carreira muito cedo. Descartando-se os estudos nos colégios militares e preparatórias, o ingresso acontece por volta dos 17 anos, quando mal se saiu da pré-adolescência.
Recém-saído do convívio familiar (qualquer que seja a sua origem, pois o ingresso se dá por meritocracia - onde tem valor apenas o mérito pessoal), este ser passa a integrar grupos onde, a partir desse momento, torna-se alvo das diversas atitudes concernentes à sua nova condição. Disciplina, respeito à hierarquia, pontualidade, cumprimento de ordens, “sprit-de-corps”, lhaneza, honradez, retidão de caráter, enfim, inumeráveis predicados lhe serão cobrados enquanto estiver ligado à caserna (e, por quê não, mesmo na reserva ou reformado).
Será obrigado, enquanto nela estiver, a portar-se de acordo com as regras que a Instituição que o abriga há de cobrar dele. Não existe o “não sei”, o “não posso”, o “não quero”. O que importa são as normas, os regulamentos, os deveres, as regras próprias da sua nova casa. A pessoa tem que se entregar de corpo e alma à sua nova vida.
Algumas mudanças, recentemente, tornaram um pouco menos rígida essa caminhada. Diferentemente de outros seres humanos, até para contrair núpcias era necessário solicitar permissão ao seu comandante. Outras regras, entretanto, continuam em vigor. Para deslocar-se de sua sede, precisa de autorização. A dedicação exclusiva à Instituição é exigida. Não se pode exercer funções fora do quartel, exceto em pouquíssimas oportunidades (área médica). Até o seu direito de opinião é relativo – é liberado (?) apenas quando passa para a inatividade.
Por essas e por outras inúmeras razões, o SER MILITAR é especial.
As decorrências daquelas obrigações fazem com que o indivíduo militar seja diferente da maioria dos outros componentes da sociedade onde vive. É identificado pela farda que ostenta. É, mesmo que tenha ingressado recentemente na vida militar, um representante da classe responsável pela “ditadura”. Seus atos, em virtude das obrigações e deveres próprios da caserna, parecem representar um direito concedido aos outros de chamá-lo de “quadrado”.
Esquecem-se, os circunstantes, de que ele/ela está ali com uma obrigação sublime. Em caso de necessidade, será o primeiro a ser convocado. Não caiamos na tola tentativa de acreditar que o país nunca vai precisar deles para um possível conflito que envolva a nossa Pátria. Porque, se tal acontecer, alguém terá que estar preparado para assumir os primeiros postos. E não adianta quererem me convencer de que, em tempos de paz, o militar tem que plantar batatas, pois amor à Pátria, disciplina, coragem, denodo, estratégias militares ou o afã de defesa do seu país, não se incute em nenhuma cabeça com dias ou semanas de treinamento. A continuidade e o treinamento são, sim, necessários. Já se disse que: “SE QUERES A PAZ, PREPARA-TE PARA A GUERRA”. Se a frase não fosse boa, não teria durado até os dias de hoje.
Assim é que, munido de um pensamento que considero correto e que carrego desde a minha juventude, sinto-me capaz de afirmar que somos seres especiais. Penso o mesmo dos meus familiares, pois devem ter sofrido, ao longo dos anos nos quais estive na ativa da Aeronáutica, com as minhas ausências e com as mudanças de sede ao longo da carreira.
Experimentem, aqueles que não são ou foram militares, levar a vida que levamos nos quartéis. Sintam o peso da bota ou da arma no ombro. Responsabilizem-se pelo quartel inteiro puxando um quarto-de-hora no Portão da Guarda, com frio, calor ou chuva. Testem a sua capacidade de absorção de todos os tipos de pressão: física, mental, emocional, financeira. Façam a experiência por um ano ou dois. Tentem passar pelo quê nós sempre passamos.
Depois, a gente conversa...

Alberto de Melo Petrocchi
Florianópolis

Anônimo disse...

Só não vale falar de pensões.

Anônimo disse...

Lembra-se do ten. cel Elídio Felix da Silva que você levianamente chamou de estrupador, quando a denúncia de assédio sexual é a palavra de uma sargenta contra a dele? Pois é. Ele é um dos meus informantes e sabe tanto de sua vida que você jamais imagina.
Aguarde. Em breve terá uma surpresinha

Eu disse...

Boa noite otário!

Ativaer disse...

http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,ex-estagiaria-acusa-militar-de-tentativa-de-estupro,20020402p16416