terça-feira, 8 de junho de 2010

Agressão em Brasília.


Recentemente as manchetes locais de Brasília - DF foram ocupadas por um episódio lastimável, em que um militar da Força Aérea foi vitimado por agressão desferida por um grupo de homens, após ter reclamado do barulho excessivo vindo de uma loja de conveniências, instalada em um posto de gasolina da 214 Sul.

Houve reação pública, no sentido de boicotar a utilização daquele estabelecimento comercial, face o acontecido.

Nada mais justo e civilizado, diríamos assim, essa reação social, já que o erro grosseiro cometido pelo agressor e sua gangue serve de modelo exemplificativo de algo que já se tornou insustentável perante a sociedade: o desrespeito às regras de boa conduta e aos limites individuais.

Infelizmente aparecerão pessoas que trabalharão em prol da elaboração das mais esfarrapadas justificativas para a atitude canibalesca da referida gangue, de sorte propiciar o alastramento de atitudes semelhantes, justamente em Brasília, que já se tornou palco referencial de episódios lamentáveis como a "cremação" do índio Galdino e a morte covarde, também fruto de ação dessas gangues de marginais , do menino da família Velasco, há alguns anos.

A apologia, portanto, que deve ser movimentada, é a de que reações sociais contra condutas irracionais como esta sejam cada vez mais implementadas.

Aos institutos da gestão do Direito aí do DF, que ajam em favor da manutenção do bem indisponível, constitucionalmente muito bem definido, que é o da vida.

Ajam......boicotem.....punam!

sábado, 5 de junho de 2010

Dando prosseguimento.


Um cachimbinho da paz, parafraseando Gabriel Pensador, para que este espaço cuide apenas de matérias de interesse público.

Repensando algumas condutas, decido dar continuidade às matérias de cunho militar, em maioria, deixando as rusgas de lado.

Temos muitos problemas a serem discutidos e o tempo para isto acaba reduzido, se nos prendemos a coisas menores e sem futuro (conforme diz o nordestino).

Portanto, vamos lá!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

MP investiga licitações do Instituto Militar de Engenharia

Oficiais do IME teriam montado cartel para vencer licitações


Um cartel montado por militares e ex-militares do Exército para vencer licitações e abocanhar cifras milionárias de obras pagas com dinheiro público pôs no centro de uma investigação um dos mais importantes centros acadêmicos do país, o Instituto Militar de Engenharia (IME).

O Ministério Público Militar investiga pelo menos 12 empresas cujos sócios são parentes ou possíveis laranjas - pessoas ligadas a oficiais que já estiveram lotados no instituto - que prestaram serviços de consultoria como melhorias na BR-101, uma das maiores rodovias do país, recebendo algo em torno de R$ 15,3 milhões. Os primeiros levantamentos revelam que as empresas não funcionam nos endereços fornecidos à Receita Federal; há sócios que declaram morar até em favelas no Rio.

Os valores eram liberados de forma ágil, e há indícios de que algumas empresas foram constituídas só com a finalidade de vencer concorrências de cartas marcadas. A firma era criada e, poucos dias depois, já estava à frente de um projeto do IME, em geral em parceria com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), do Ministério dos Transportes. A verba saía sempre através do IME.

A maior parte do montante investigado foi pago por meio de ordens bancárias, entre 2004 e 2006, pouco antes de o esquema ser notado por outros militares, que o denunciaram a superiores, dando início a um clima de caça às bruxas na instituição. Empresas foram desativadas, outras mudaram de nome. Os militares que estariam ligados a elas deixaram o IME, transferidos ou após pedirem tranaferência, inclusive para outros estados.

Uma das empresas que mais receberam recursos públicos foi a GNBR, que, entre 2004 e 2008, teve R$ 3,3 milhões liberados, de acordo com o Portal da Transparência do Governo Federal, por meio de notas bancárias pagas pelo IME por serviços prestados ao próprio instituto e ao Colégio Militar do Rio. A GNBR já teve outras razões sociais com o mesmo CNPJ: JLG e Olecram. Seus sócios também figuram em outras sete empresas que já tiveram contratos com o IME. Metade delas tinha, entre seus donos, parentes de um militar que, na época, trabalhava no instituto.

Apesar do contrato com valores vultosos com o IME, a GNBR nunca funcionou no endereço fornecido à Receita. No local, uma casa simples de dois andares no Jockey, bairro pobre de São Gonçalo, ninguém ouviu falar no nome da firma ou conhece seus sócios.

A investigação está sendo conduzida pela procuradora Maria de Lourdes Souza Gouveia Sanson. O procedimento foi instaurado no 5 Ofício da Procuradoria de Justiça Militar no Rio, em 22 de janeiro deste ano. O Comando Militar do Leste apenas confirmou que está apurando os fatos denunciados. Entre os militares investigados, estão o major Washington Luiz de Paula (que era lotado no IME e tem cinco pessoas da família, entre elas cunhadas e sogro, nas empresas investigadas) e o capitão Márcio Vancler Augusto Geraldo (que na época era da comissão de licitação do instituto).

O Globo

domingo, 25 de abril de 2010

Oração do Paraquedista.




Dai-me, Senhor meu Deus, o que Vos resta;

Aquilo que ninguém Vos pede.

Não Vos peço o repouso nem a tranqüilidade,

Nem da alma nem do corpo.

Não Vos peço a riqueza nem o êxito nem a saúde;

Tantos Vos pedem isso, meu Deus,

Que já não Vos deve sobrar para dar.

Dai-me, Senhor, o que Vos resta,

Dai-me aquilo que todos recusam.

Quero a insegurança e a inquietação,

Quero a luta e a tormenta.

Dai-me isso, meu Deus, definitivamente;

Dai-me a certeza de que essa será a minha parte para sempre,

Porque nem sempre terei a coragem de Vo-la pedir.

Dai-me, Senhor, o que Vos resta,

Dai-me aquilo que os outros não querem;

Mas dai-me, também, a coragem

E a força e a fé.

domingo, 18 de abril de 2010

O mesmo filme.


Mais medalhas e comendas distribuídas aos montes, desta feita à primeira dama da República e à senhora esposa do diplomata Celso Amorim.

Enquanto o país vive sua tensão pré-eleitoral, com as pesquisas variando de humor e dirigindo o pleito, assiste-se de tudo, desde essa farta distribuição de títulos honoríficos, passando pela funesta rotina do Distrito Federal, salientada pela libertação do presidente dos panetones, o suicídio do monstro de Luziânia para, finalmente, aportar em mais uma ausência programada do Chefe Estatal que, diante do compromisso administrativo em apreço, permite a outorga pelo vice das honrarias comentadas.

Enquanto isso, assistimos conformadíssimos, sem um tostão furado no bolso.

Esse filme já rodou em outra época.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Precisa-se de um oficial.



Não importa a sua especialidade.


É necessário que seja humano, que tenha sentimento e coração.


Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir.


Tem que gostar do seu trabalho, de ser útil, de construir algo mais duradouro do que simples coisas materiais.


Deve ter um sonho, um grande objetivo na vida, muito além de uma simples conquista.


Deve ter um ideal e o medo de perdê-lo.


Não importa que insucesso teve, e sim ter tido vontade bastante para se levantar e de novo continuar tentando.


Precisa demonstrar uma força e um ânimo mesmo quando no íntimo tudo parece estar acabado.


Precisa vencer seus medos, transformando-os em novas vitórias, sem que isto lhe ofusque a realidade.


Deve ter fibra para suportar a derrota e a humildade para não se embriagar com o sucesso.


Não importa de onde veio, basta apenas saber para aonde quer ir.


Precisa ser firme nas atitudes e não se deixar levar pelos caminhos mais fáceis, por

vezes nebulosos.


Deve sentir orgulho de ser e a alegria de ter, tudo conseguido por suas próprias mãos.


Precisa-se de um Oficial que comande pelo exemplo, que lidere pelo idealismo, que dirija pela dedicação e que tenha a certeza de que quer ser um Oficial da Força Aérea Brasileira.


(Extraído de http://www.docstoc.com/docs/29825961/CIAAR-Maio-Bookindb)

domingo, 28 de março de 2010

Brigadeiro Braga.


Passados vinte e dois anos do advento da nova Constituição Federal Brasileira, observa-se certo caminhar dentro da caserna direção à politização dos seus membros, rumo a um golpe com outras vestes.

Mudança que hoje nos permite assistir à candidatura de militares inativos ao cargo de Chefe de Estado, sob os auspícios de procedimento estritamente democrático.

No Rio de Janeiro, o Brigadeiro Ércio Braga, candidato por um partido cristão, parece ser a melhor opção por ora.

Do pouco que há sobre ele, na memória do gerente deste blog, há a história de sua passagem pelo Parque do Galeão, nos idos de 1978, em que ele era o vice-diretor daquela instituição.

Austeridade, pelo menos, havia, mas não é possível saber até onde seria útil para o país na atual conjuntura.

Vale a pena arriscar, porém.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Heterogeneidade dentro da caserna.


Fazendo um "tour" em alguns sites militares, extra oficiais, pertencentes em sua maioria ao pessoal inativo das Forças Armadas, é possível identificar alguns comportamentos típicos que, em tese, podem explicar algumas situações e problemas que atravessam a caserna ao longo dos anos.

Vários temas, muitos recorrentes, são lançados nesses sites e, quando submetidos a algum tipo de fórum, produzem as mais diversas respostas, identificando nesse público interativo enorme heterogeneidade de formação e visão sobre o mundo.

Alguns pontos, entretanto, são absolutamente característicos de certas condutas permanentes.

Aspectos ligados a desuniões de um modo geral são efetivamente lançados, mesmo que inconscientemente, mostrando que o militar, em número considerável, infelizmente, não acata a possibilidade de seu irmão de arma alçar conquistas.

Daí, várias críticas quando, por exemplo, um militar concorre a cargo político, quando é designado para missões no exterior ou outras de igual significado, quando evolui em algum tipo de atividade dentro ou fora dos muros dos quartéis, enfim, quando progride de alguma maneira.

Todavia, esses sentimentos menores e mesquinhos parece não ser privilégio da classe em questão.

A diferença, porém, reside na forma com que o militar deseja ser visto, quando anuncia aos quatro cantos de que goza dos efeitos de ser uma classe diferenciada.

Eis, então, o problema lançado neste site, para servir de objeto de reflexão e, quem sabe, subsídio ao processo de esclarecimento de qual fonte nascem os problemas e dificuldades da caserna.