quinta-feira, 8 de novembro de 2007

A Conduta Humana Supostamente Controlada


Década de 70, Guaratinguetá, o jovem, ainda, desembarca no pátio da Escola de Especialistas, com nada mais nos bolsos e no coração do que a crença, quase que blindada, de que aquele seria o melhor caminho.


"À pátria, tudo devemos dar...à pátria, nada devemos pedir, nem mesmo compreensão."


Iniciava, ali, a dedicação exclusiva ao sistema que me surpreenderia, ao longo da trajetória, em virtude das intensas variações de humor, como se fosse um paciente portador de transtorno bipolar.

Era-me difícil compreender...entender que o choque de conceitos decorria da minha concepção do "dever ser", transmitido pela educação familiar e o "ser" advindo da interferência daqueles que prefiro denominar "gerentes" do sistema.

Controle efetivo, evidentemente, de uma massa necessária ao desenvolvimento da atividade militar.

Controle exercido pela imposição conceitual, por parte desses gerentes.


Bom...deu-se, naquele momento, o "PV" (present value) de um "investimento" qualquer.


Mas, hoje, é possível verificar a olhos nus que o "FV" (future value) tem diferentes quantidades, de pessoa para pessoa, o que suscita compreender que conduta humana não é algo integralmente controlável, principalmente se não for observada a necessidade de proteção da dignidade da pessoa humana.


Talvez, aí esteja a solução definitiva de todos os problemas da caserna.


O respeito a essa integridade de valores de dignidade, independentemente do fenótipo apresentado por cada um nesse jogo da vida.

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